ORCHESTRA BAOBAB
De: Senegal
No palco: Qui 13 Abr 23:20
Como a maioria das orquestras senegalesas da década de 1970, a história do Baobab ganha forma dentro da Star Band e da orquestra SAF Mounaden, uma das muitas ramificações da Star Band por onde passaram todos os grandes músicos e cantores do país.
Durante o verão de 1970, vários políticos e empresários proeminentes criaram o Club Baobab, localizado na 44 rue Jules Ferry, no coração do Dakar Plateau.
O jovem guitarrista togolês Barthélémy Attiso, que toca todas as noites para pagar seus estudos de direito, os cantores de Casamance Balla Sidibé e Rudy Gomis são recrutados pelo saxofonista Baro Ndiaye e pelo baixista Sidat Ly para formar a nova orquestra da casa. Às quintas-feiras, esses músicos ainda tocam no famoso Club Miami, na noite seguinte eles se tornam os do Baobab.
Na ausência da televisão, praticamente inexistente na África naquela época, as pessoas saíam para dançar para se divertir. Le Baobab fabrica uma clientela de empresários, políticos, expatriados, militares e gente bonita da noite. Rapidamente se tornou o clube mais prestigiado e popular da cidade, decorado por artistas da moda.
Neste Dakar cosmopolita, em plena efervescência, a orquestra deve fazer jus à fama do lugar, ensaiando e desenvolvendo incansavelmente um reportório muito heterogéneo, da variedade francesa ao jazz, passando pelo tango, pela sonoridade cubana, mornas cabo-verdianas, rumba congolesa ou pelo canto árabe.
O baixista Charles Ndiaye e o baterista Moustafa Korité completam a espinha dorsal rítmica da banda, juntamente com o saxofonista do Mali Issa Cissoko e o clarinetista nigeriano Peter Udo. O guitarrista rítmico de origem marroquina Lafti Ben Jelloun vem assistir Attiso e na voz o griot Laye Mboup e o jovem salseiro Medoune Diallo acabam por ancorar a sonoridade do grupo entre a tradição senegalesa e a modernidade afro-cubana. Como explica Attiso, “tivemos a ousadia de tocar uma música que estivesse em sintonia com tudo o que se fazia internacionalmente, mantendo-nos profundamente enraizados nas nossas raízes senegalesas.»
Desde a década de 1970, a formação pode ter mudado, mas o resultado final continua satisfatório e fiel aos seus princípios originais. No seu último álbum, para o qual será organizada uma digressão europeia este verão, a Orchestra Baobab mantém-se em perfeita harmonia sobretudo em joias como “Woulinewa”, “Douga” ou mesmo “Alekouma” derradeiro tributo ao seu fundador. Hoje, a Orquestra Baobá continua sendo uma formação forte e unida.
O colectivo senegalês pode já não atingir as alturas do seu álbum cult Pirate's Choice de 1982, mas continua a juntar todas as gerações e muitas culturas, através de uma música generosa, um verdadeiro convite a viajar no espaço e no tempo.
Their Afro-Cuban folk fusion turned them into one of west Africa's most iconic musical acts, and their reissued 1982 album Pirate's Choice and re-formation in 2001 brought them yet greater global fame
It's subtlety and insinuation as much as the actual tick-tick-tock of the percussion and velvety bass guitar that complete the seduction, as the band disguises its achievements with all the skills of a suave lover. Or, in this case, a whole orchestra of them!
If Orchestra Baobab's style is a throwback, it's an invaluable one, all the more appealing now for its tenacity.